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Vida Loka (Pt. 1)

Grelo

(É o Grelo)
(O Grelo também é visão, vida)
(Se ligue, se ligue)

Fé em Deus que Ele é justo, ei, irmão, nunca se esqueça
Na guarda, guerreiro, levanta a cabeça, truta
Onde estiver, seja lá como for, tenha fé
Porque até no lixão nasce flor
Ore por nós, pastor, irmão, lembra da gente
No culto dessa noite, firmão, segue quente
Eu admiro os crente, dá licença aqui
Mó função, mó tabela, pô, desculpa aí
Eu me sinto às vezes meio pá, inseguro
Que nem um vira-lata, sem fé no futuro
Vem alguém lá, quem será? Quem será, meu bom?
Dá meu brinquedo de furar moletom
Porque os bico que me vê com os truta na balada
Tenta ver, quer saber, mas de mim não vê nada
Porque a confiança é uma mulher ingrata
Que te beija, e te abraça, te rouba e te mata
Desacreditar nem pensar, só naquelas
Se uma mosca ameaçar me catar, piso nela
O bico deu mó goela, ó, pique bandidão
Foi em casa na missão, me trombar na Cohab
De camisa larga, vai saber, Deus que sabe
Qual é a maldade comigo, inimigo não me quer
Tocou a campainha, plim, pra tramar meu fim
Dois maluco armado, sim, um isqueiro, estopim, eu
Pronto pra chamar minha preta pra falar
Que eu comi a mina dele, ah, se ela tava lá
Vadia, mentirosa, nunca vi, deu mó faia
Espírito do mal, cão de buceta e saia
Talarico eu nunca fui, é o seguinte
Ando certo pelo certo, como dez e dez é vinte
Já pensou, doido? E se eu tô com meu filho no sofá?
De vacilo e desarmado, era aquilo
Sem culpa e sem chance, tenta abrir a boca
Ia nessa sem saber, po cê vê, Vida Loka
Ai, que Vida Loka

(Aqui no show do Grelo, visita é sagrada)
(Safado não atravessa não, hahai)

Mas na rua né não
Até jack tem quem passa um pano
Impostor, pede Black, passa por malandro, a inveja existe
E a cada dez, cinco é na maldade
A mãe do pecado capital é a vaidade
Mas se é pra resolver, se envolver, vai meu nome, eu vou
Fazer o que se cadeia é pra homem?
Malandrão, eu? Não, ninguém é bobo
Se quer guerra, terá, se quer paz, quero o dobro
Mas verme é verme, é o que é
Rastejando no chão, sempre embaixo do pé
E fala uma, duas vez, se marcar, até três
Na quarta, xeque-mate, que nem no xadrez
Eu sou guerreiro do rap, sempre em alta voltagem
Um por um, Deus por nós, tô aqui de passagem
Vida Loka, eu não tenho dom pra vítima
Justiça e liberdade, a causa é legítima
Meu rap faz o cântico dos louco e dos romântico, vou
Por um sorriso de criança aonde eu for
E pros parceiros eu tenho a oferecer minha presença
Talvez até confusa, mas real e intensa
Meu melhor Marvin Gaye, sabadão na Marginal
O que será, será, é nóis, vamo até o final

Liga eu, liga nóis, onde preciso for
No Paraíso ou no Dia do Juízo, pastor
E liga eu e os irmão, é o ponto que eu peço
Favela, Fundão, imortal nos meus verso, Vida Loka
Ô Vida Loka
O Grelo é Vida Loka
Ê Vida Loka

(Um abraço aí)
(Lava-Jato do Braia)
(É o Grelo)

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