Bar de Bairro
Lauana Prado
Foi numa quinta-feira dessas, dessas
Bem normais no meio do mês de maio
Que eu saio da minha casa
E entro nesse bar de bairro
Quando é fé, às oito e trinta e quatro
Entra naquela porta
A moça do sorriso mais lindo de toda a galáxia
Eu não tive nem reação
Fiquei onde eu tava
Vendo ela chegar no balcão
E comprar uma água
Só uma água e mais nada
E antes de sair
Falou obrigada
Me deu uma olhada
Que eu nunca esqueci
Fiquei tão paralisada que ela entrou no carro
Eu nem vi
Desde então
Tem nem sei quantos janeiros
Que eu venho o ano inteiro
Toda santa noite nesse barzinho fuleiro
Na esperança que ela volte
E eu pergunte pelo nome
Da moça que juro por Deus
Que ainda vai ter meu sobrenome
Tem nem sei quantos janeiros
Que eu venho o ano inteiro
Toda santa noite nesse barzinho fuleiro
E daqui eu não saio
Daqui ninguém me tira
Enquanto eu não topar de novo
O amor da minha vida
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